Nas últimas décadas tem ocorrido no Brasil um incremento de estudos cariotípicos em peixes marinhos. Atualmente são conhecidos os cariótipos de 118 espécies, distribuídas em 43 famílias e 80 gêneros. Foram estudadas cinco espécies de peixes marinhos do complexo estuarino da Baía de Paranaguá na costa brasileira. Eucinostomus argenteus e Diapterus rhombeus (Gerreidae), apresentaram 48 cromossomos todos acrocêntricos (NF = 48); Strongylura timucu e S. marina (Belonidae) apresentaram 48 cromossomos, porém com complexidade cariotípica maior do que apresentada pelos gerreídeos, 10M+2SM+36A (NF = 60) e 4M+44A (NF = 52), respectivamente. A quinta espécie, Mugil curema (Mugilidae), ao contrário das outras quatro espécies aqui analisadas, apresentou apenas 28 cromossomos 20M+4ST+4A (NF = 48). Apesar da tendência em se verificar um cariótipo constituído por 48 cromossomos em teleósteos marinhos, as espécies aqui analisadas apresentam uma diversidade para a macroestrutura cariotípica a ser considerada para a citotaxonomia e evolução desse grupo de vertebrados.