Foi investigada a ocorrência de exposição em 13 canídeos não domésticos de vida livre (cinco graxains-do-campo - Pseudalopex gymnocercus e oito graxains-do-mato - Cerdocyon thous) da região sul do Brasil ao vírus da cinomose canina (CDV), parvovírus canino (CPV) e coronavírus canino (CCoV). Anticorpos contra o CDV foram detectados em 38,5% (5/13) das amostras. Haviam anticorpos anti-CDV em 60% (3/5) dos P. gymnocercus e em 25% (2/8) dos C. thous. A freqüência foi maior entre machos e adultos. Para CPV, 11 canídeos (84,6%) apresentaram anticorpos, 80% (4/5) eram da espécie P. gymnocercus e 87,5% (7/8) eram C. thous. Não houve diferença de positividade para o CPV entre sexos e idades. Anticorpos contra o CCoV foram detectados em 38,5% (5/13) das amostras, sendo 60% (3/5) de positividade entre os P. gymnocercus e 25% (2/8) entre os C. thous. A freqüência de anticorpos para CCoV foi maior entre os machos e adultos. O estudo revelou que estes canídeos foram expostos ao CDV, CPV e CCoV.