Neste trabalho foi medida a complexidade espacial que contribui para a estrutura de habitat proporcionada por 8 espécies de plantas aquáticas coletadas em lagoas da planície de inundação do alto rio Paraná. As espécies analisadas foram Cabomba furcata Schult. and Schult.f. Eichhornia azurea (Sw.) Kunth (caules e raízes), Eichhornia crassipes (Mart.) Solms, Egeria najas Planchon, Heteranthera cf. zosterifolia, Potamogeton cf pusillus, Utricularia foliosa L. e Nymphaea amazonum Mart. and Zucc. A complexidade dos segmentos terminais de 0,5 m foi medida em laboratório. Fotografias digitais desses segmentos foram feitas e análises dos eixos verticais e horizontais foram realizadas ao longo de transecções superpostas às imagens, em computador. A freqüência e o comprimento dos insterstícios ao longo de ambos os eixos foram tomados para determinar o índice de complexidade espacial. A freqüência e o comprimento médios dos interstícios foram significativamente diferentes entre as espécies de plantas. A complexidade espacial também variou entre as espécies (F = 17,30; p < 0,0001), com as raízes de E. azurea e U. foliosa exibindo os maiores valores e os caules de E. azurea e N. amazonum os menores. Estes valores da complexidade espacial, únicos para cada espécie, sugerem que as plantas aquáticas possuem uma contribuição diferenciada para a heterogeneidade de habitats dos ambientes aquáticos do alto rio Paraná.
