O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade de diferentes materiais adesivos em previnir a microinfiltração em restaurações com amálgama aderido. Trinta e cinco incisivos bovinos foram selecionados. Foram preparadas cavidades padronizadas nas superfícies vestibular e lingual. A parede gengival estando localizada em cemento/dentina e a oclusal em esmalte. Os dentes (n=35) foram divididos em 5 grupos, de acordo com o material empregado (um cimento de ionômero de vidro modificado por resina, dois cimentos resinosos, um sistema adesivo e um verniz cavitário como controle). Após serem restaurados, os dentes foram submetidos a termociclagem, sendo em seguida imersos em solução corante e então seccionados para permitir a avaliação da microinfiltração. A análise estatística não-paramétrica indicou que todos os materiais demonstraram menor infiltração do que o grupo controle (p<0.01). Não foi detectada microinfiltração utilizando o cimento de ionômero de vidro modificado por resina, o qual mostrou menor infiltração do que os outros materiais adesivos (p<0.05). A infiltração em esmalte foi menor do que em cemento/dentina. Conclui-se que o amálgama aderido é uma técnica efetiva, uma vez que todos os materiais empregados preveniram a microinfiltração em esmalte e cemento/dentina, quando comparados ao grupo controle, com exceção do Panavia nas margens em cemento/dentina.
