Este artigo descreve dois casos clínicos de reconstrução de molares decíduos com extensa destruição coronária por meio de restaurações biológicas, em crianças de 4 e 5 anos. Após avaliação clínica e radiográfica, os fragmentos dentais heterógenos foram submetidos à colagem ao remanescente dental preparado usando sistema adesivo (Caso 1) ou cimento resinoso de presa dual (Caso 2) sobre uma camada de hidróxido de cálcio e uma base de ionômero de vidro. Foi realizado ajuste oclusal e aplicação tópica de flúor sobre a superfície dentária. Controles clínico e radiográfico foram realizados periodicamente e os dentes restaurados foram acompanhados por 4 e 3 anos respectivamente, até a exfoliação. Por meio destes dois relatos, os autores discutem os aspectos técnicos, além das vantagens e desvantagens das restaurações biológicas como tratamento alternativo para restauração de molares decíduos.