Resumo
Objetivo: Investigar se o alargamento do foramen realizado durante o tratamento primário tem um efeito na quantidade de material obturador apicalmente extruído durante oretratamento e verificar a sensibilidade da tomografia computorizada de feixe cônico (TCFC) na detecção de material obturador extruído. Métodos: Quarenta raízes palatinas de molares superiores foram selecionadas de acordo com a microtomografia computorizada, e foram divididas em dois grupos (n=20): com alargamento do foraminal (CA) e sem alargamento do foraminal (SA). Para padronizar o forame apical, todas as amostras foram instrumentadas com o sistema ProTaper Next até ao instrumento X3 até o forame. O grupo CA foi instrumentado até ao instrumento X5 até o forame, e o grupo SA foi instrumentado 1 mm aquém. Os canais foram obturados 1 mm abaixo do forame apical com gutta-percha e AH Plus e armazenados durante 7 dias a 37 °C e 95% de umidade. As raízes foram fixadas em microtubos preenchidos com gel de ágar a 1,5%. O material obturador foi removido com Reciproc R50. Os escaneamentos dos dentes e do ágar foram realizados com micro-CT e CBCT. A comparação entre grupos e entre métodos foi realizada utilizando o teste Mann-Withney (p ≤0.05). Resultados: Não foi encontrada diferença estatística ao comparar o material extruído entre grupos utilizando o Micro-CT (p = 0,589) ou TCFC (p = 0,953). Foi medido um volume maior de material extruído com a TCFC do que com a Micro- CT (p = 0,0004). Conclusão: O alargamento foraminal não teve qualquer efeito na extrusão do material obturador durante o retratamento. A TCFC favoreceu a avaliação do material de obturador apicalmente extruído.
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