Resumo
O objetivo deste estudo foi comparar a ativação de gelatinases na junção dentina-esmalte (DEJ) e na dentina subjacente de dentes permanentes após a radioterapia experimental nas modalidades convencional e hipofracionada. Os terceiros molares recém-extraídos (n = 15) foram divididos em três grupos de radioterapia experimental: controle, convencional (CR) e hipofracionada (HR) (n = 5 por grupo). Após a exposição in vitro à radiação ionizante, seguindo protocolos padronizados para cada modalidade, um substrato gelatinoso foi incubado nas fatias de dente (n = 10 por grupo). A ativação das gelatinases foi medida por zimografia in situ, expressa em unidades arbitrárias de fluorescência (mm2) de três regiões do dente: cervical, cúspide e fossa. A intensidade da fluorescência foi comparada entre os protocolos de radioterapia e as regiões do dente em cada protocolo, considerando um nível de significância de 5%. Considerando todas as regiões do dente, a intensidade de fluorescência do grupo CR foi maior do que a dos grupos HR e controle, tanto no DEJ quanto na dentina subjacente (p <0,001). Além disso, a intensidade da fluorescência foi maior na dentina subjacente quando comparada à DEJ em todos os grupos (p <0,001). Considerando cada região do dente, uma diferença estatisticamente significativa entre CR e HR foi observada apenas na região da fossa da dentina subjacente (p <0,001). Também foram observadas correlações significativas e positivas entre as intensidades de fluorescência no DEJ e na dentina subjacente (p <0,001). A radioterapia experimental influenciou a ativação das gelatinases, assim como a exposição ao protocolo convencional pode desencadear uma maior ativação das gelatinases quando comparada ao hipofracionamento, tanto no DEJ quanto na dentina subjacente.