Resumo
Este estudo avaliou a influência da hibridização dentinária na alteração cromática coronária de dentes bovinos tratados endodonticamente, usando diferentes cimentos endodônticos e o cimento Portland. Duzentos incisivos centrais bovinos foram tratados endodonticamente com diferentes materiais (Sealapex®, Bio-C sealer®, AH-Plus®, Endofill®, e o cimento Portland), e distribuídos em 2 grupos, com e sem a hibridação dentinária. Os dentes foram submetidos à análise colorimétrica usando o espectrofotômetro Easyshade® em quatro momentos diferentes: determinação da cor do substrato dental antes da obturação do canal radicular, e posterior aos 7 dias, 60 dias e 180 dias. Os dados foram avaliados quanto à normalidade e homogeneidade pelos testes Shapiro-Wilk e Levene. Foi realizada análise de variância de duas vias, com pós-teste de Sidak para comparações múltiplas. O nível de significância foi de 5%. A hibridação dentinária influenciou a alteração cromática coronária do Sealapex® após 7 dias e do Bio-C Sealer® e AH Plus® após 60 dias. O AH Plus® após 7 dias obteve o maior ΔE* quando hibridizado, e o Endofill® obteve o maior ΔE* quando não hibridizado. O AH Plus após 60 dias obteve o maior ΔE* quando hibridizado e não hibridizado. O Sealapex® após 180 dias obteve o maior ΔE* quando hibridizado, e o AH Plus® obteve o maior variação de cor quando não hibridizado. Os cimentos endodônticos estudados se comportaram de forma diferente em relação à alteração cromática coronária, sendo difícil prever um determinado comportamento. Todos os cimentos endodônticos causaram alterações cromáticas clinicamente perceptíveis após 7 dias, 60 dias e 180 dias, independentemente da hibridação dentinária.
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