Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da biodegradação in vitro e in situ nas características superficiais de dois cimentos resinosos e de um sistema cerâmico híbrido. Cento e oitenta espécimes (4X1,5mm) de cada material (Maxcem Elite, NX3 Nexus e Vita Enamic) foram distribuídos aleatoriamente em doze grupos (n=15) de acordo com o material e o método de biodegradação. Os espécimes foram então submetidos aos seguintes desafios: armazenamento em água destilada 37ºC por 24 horas ou 7 dias, armazenamento por 7 dias, a 37ºC, em saliva estimulada ou in situ. O estágio in situ correspondeu à preparação de 15 dispositivos intra-orais palatinos, utilizados por 7 dias. Cada dispositivo apresentou 3 nichos, onde uma amostra de cada material foi acomodada. As amostras dos grupos saliva e in situ sofreram um desafio cariogênico, correspondendo à aplicação de uma solução de 20% de sacarose, 10 vezes ao longo de cada dia. Após cada método de biodegradação, foram realizadas as análises de rugosidade superficial (Ra), dureza Vickers (VHN) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os dados coletados foram analisados por meio do teste de Levene, ANOVA two-way e teste de Tukey (α=5%). O desafio in situ promoveu maior degradação, independentemente do material. Em relação aos materiais, a VHN do Vita Enamic foi afetada negativamente por todos os métodos de degradação e o Nexus NX3 apresentou melhor desempenho que o cimento autoadesivo testado. Portanto, dentro das condições deste trabalho, concluiu-se que a biodegradação in situ pode afetar negativamente as características superficiais de materiais restauradores indiretos.
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