Resumo
Câncer de mama é a neoplasia mais comum que mais acomete mulheres no mundo e proporciona alterações funcionais no corpo humano. Objetivo: avaliar mulheres submetidas à mastectomia unilateral, por meio da atividade eletromiográfica (repouso mandibular, lateralidade direita e esquerda, protrusão, contração voluntária máxima com e sem parafilme, mastigação habitual e não habitual) e espessura (repouso e contração voluntária máxima) do músculo temporal direito (TD), temporal esquerdo (TE), masseter direito (MD) e masseter esquerdo (ME), além da força de mordida molar (direita e esquerda) e comparar os dados com mulheres saudáveis. 32 mulheres foram distribuídas em dois grupos: grupo mastectomia unilateral (GM), média ± desvio padrão 56,50 ± 14,50 anos (n=16) e grupo sem a doença (GC), média ± desvio padrão 56,56 ± 14,15 anos (n=16). Os dados eletromiográficos normalizados, espessura muscular e força de mordida molar máxima foram tabulados e submetidos à análise estatística (SPSS 21.0; teste t de student, p≤0,05). Foram encontradas diferenças estatísticas significantes entre GM e GC na lateralidade direita, para o MD (p=0,02); lateralidade esquerda, para o TE (p=0,01); mastigação com amendoim, para o MD (p=0,04); mastigação com uva-passa, para o ME (p=0,04) e força de mordida molar direita (p=0,03). Não houve diferença estatística significante entre GM e GC para espessura muscular. Os resultados deste estudo sugerem que mulheres submetidas à mastectomia unilateral podem apresentar alterações funcionais do sistema estomatognático, com destaque para hiperatividade muscular, menor eficiência mastigatória e menor força de mordida molar máxima.