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Are Maternal Factors Predictors for Early Childhood Caries? Results from a Cohort in Southern Brazil

Resumo

Objetivo deste estudo foi determinar a influência de fatores maternos sobre o desenvolvimento de cárie em pré-escolares brasileiros. Este estudo transversal foi aninhado em uma coorte de mães adolescentes. Esta fase foi realizada quando as crianças estavam com idades entre 24 a 42 meses. O questionário aplicado às mães adolescentes incluiu variáveis demográficas, socioeconômicas e a escolaridade materna. Os exames clínicos foram realizados nas mães e em seus filhos. O exame clínico das mães avaliou dentes cariados, perdidos e restaurados na dentição permanente (CPOD) e condição gengival; o exame clínico dos filhos avaliou dentes cariados, perdidos e restaurados na dentição decídua (ceo-d). Regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada para estimar a razão de prevalência, risco relativo e os intervalos de confiança de 95%. Os dados também foram utilizados para identificar os fatores de risco maternos associados com o desfecho (prevalência e severidade da cárie na infância). No total, foram avaliados 538 díades mãe-criança; a prevalência de cárie precoce na infância foi de 15,1% e a cárie materna ocorreu em 74,4%. Após ajuste, as crianças que apresentaram uma maior incidência de cárie dentária eram filhas de mães de baixo nível socioeconômico, que apresentam mais dentes cariados e mais sangramento gengival. Os resultados deste estudo sugerem que a saúde bucal das mães é um fator de risco potencialmente importante para o desenvolvimento da cárie da primeira infância. Gestores de saúde pública devem considerar esta informação ao planejar intervenções, a fim de prevenir a ocorrência de cárie da primeira infância.

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