Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro o efeito antimicrobiano de uma bandagem oral bioadesiva de quitosana com clorexidina para o tratamento de infecções dos tecidos orais. Cinco bandagens de diferentes composições foram testadas: Quitosana 5% (G1); Quitosana 5% ± clorexidina a 0,2% (G2), Quitosana 5% ± clorexidina a 0,6% (G3), Quitosana 5% ± clorexidina a 1,0% (G4) e Quitosana 5% ± clorexidina a 2,0% (G5). Foram testados também 5 tipos de géis nas seguintes composições: Gel de Quitosana 5% (G6), Gel de clorexidina a 0,2% (G7), Gel de clorexidina a 2,0% (G8), Gel de Quitosana 5% ± clorexidina a 0,2% (G9) e Gel de Quitosana 5% ± clorexidina a 2,0% (G10). A ação antimicrobiana das amostras foi testada contra Candida albicans e Streptococcus mutans por meio do antibiograma, medindo o halo de inibição. Os dados foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis e ANOVA a um critério seguido pelo teste de Tukey (p<0,05). A membrana com 2,0% de clorexidina (G5) e os discos contendo gel com 2,0% de clorexidina (G8) apresentaram os maiores halos de inibição para os dois microrganismos, com diferença estatisticamente significativa em relação aos demais grupos testados (p=0,008) apenas nos resultados de inibição de C. albicans. Todas as outras formulações de membranas e géis apresentaram halo de inibição, mas sem diferença estatisticamente significativa. A bandagem oral bioadesiva de quitosana com gel de 2% de clorexidina foi a mais efetiva em inibir os microrganismos testados.