Resumo
A descontaminação do sistema do canal radicular (CR) é essencial para o sucesso da terapia endodôntica. Neste estudo in vitro, foi avaliado o potencial de desinfecção de um dispositivo de eletrofulguração, o Endox® Endodontic System (EES), em CR infectado com Enterococcus faecalis. Sessenta e cinco pré-molares inferiores humanos foram instrumentados com o sistema MTwo®. As amostras foram distribuídas em seis grupos experimentais (n = 10), de acordo com o protocolo de irrigação: clorexidina gel a 2% (CHX); CHX + EES; Hipoclorito de sódio 5,25% (NaOCl); NaOCl + EES; solução salina (SS); e SS + EES. Cinco amostras não foram tratadas (controle). As amostras de CR foram coletadas antes (C1) e após o tratamento com EES (C2), após preparo químico-mecânico (PQM) (C3) e após o tratamento final com EES (C4). Todas as amostras foram plaqueadas para unidades formadoras de colônias (CFU / mL) em meio sólido. Os dados foram analisados pelos testes de Wilcoxon e Friedman para comparações intragrupos e pelo teste de Kruskal Wallis, seguidos pelo teste de Dunn para comparações intergrupos (α = 0,05). O tratamento com o EES não reduziu significativamente o número de CFU / mL em comparação com os níveis basais (C1 vs. C2, p> 0,05). Após PQM (C3), todos os grupos apresentaram uma quantidade significativamente reduzida de CFU / mL (p <0,05), sem diferença entre as amostras tratadas com CHX e NaOCl (p> 0,05). Por fim, o tratamento com o EES após PQM (C4) não reduziu significativamente a quantidade de CFU / mL (C3 vs. C4, p> 0,05). Concluindo, o uso do Endox® Endodontic System não resultou em redução bacteriana considerável em todos os momentos operatórios, enquanto os tratamentos com NaOCl e CHX foram igualmente eficientes para esse fim.
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