Este artigo segue os desenvolvimentos formais recentes da gramática de cunho chomskyano, que leva em conta os sistemas cognitivos com os quais a linguagem faz interface. Situado no universo Ticuna e na sua expressão por meio da língua Ticuna, tem por objetivo mostrar que alguns domínios da gramática podem se articular com o conhecimento enciclopédico pensado como conhecimento extralingüístico. Aponta para novas perspectivas de estudo entre cultura e língua e relaciona a análise ao campo da produção de sentido. À guisa de conclusão, sugere que o estudo de significados especiais possuídos por determinadas expressões lingüísticas são um bom caminho para entender ou buscar entender questões de tradução/interpretação.
Tradução cultural; Antropologia; Lingüística; Gramática; Núcleos funcionais; Aspecto