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"O sonho da terra": mulheres assentadas na Amazônia como agentes de mudança

A intenção do artigo é determinar o papel que as mulheres desempenham na chamada 'caminhada' para um assentamento da reforma agrária no estado do Pará, Brasil. Quando uma mulher decide participar do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) corre o risco de entrar em conflito com o seu ambiente social. Em razão das mudanças verificadas devido à militância, investigo os motivos pelos quais as mulheres se envolvem no Movimento, examino as contribuições femininas durante o processo de assentamento e as mudanças que esse processo pode causar nas suas vidas. A análise está baseada em uma pesquisa de campo realizada em um assentamento da reforma agrária, próximo à cidade de Castanhal, no nordeste paraense. Três estudos de caso de militância feminina são examinados. Alguns dos resultados dessa análise mostram que o papel das mulheres nesse processo é proeminente, pois são os mais importantes suportes; assumem funções pioneiras, organizando tarefas domésticas e públicas no assentamento e articulando os diferentes grupos domésticos. Devido à militância, mulheres pobres das cidades e do campo saem da invisibilidade, situação comum na sociedade brasileira, e dão uma contribuição importante para a construção de uma nova vida.

Amazônia; Assentamentos da reforma agrária; Ciclo de vida; Estratégias de sobrevivência; Mulheres; Campesinato


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