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Belém e a Academia do Peixe Frito: fisiognomias em Bruno de Menezes e Dalcídio Jurandir

Belém and the Fried Fish Academy: physiognomies in Bruno de Menezes and Dalcídio Jurandir

Resumo

Esta pesquisa integra um projeto que investiga a biografia e a produção literária e jornalística da Academia do Peixe Frito (APF), um grupo de intelectuais que se reuniu em torno de ideais de renovação literária e valorização da periferia, para refletir sobre questões sociais na Amazônia paraense, a partir de 1920. Objetiva-se perscrutar as relações entre a APF e a fisiognomia de Belém, por meio da observação dos espaços onde o grupo costumava se reunir e da análise de textos literários de dois de seus representantes: Bruno de Menezes e Dalcídio Jurandir. A pesquisa bibliográfica é embasada na teoria de Walter Benjamin acerca da cidade, retomada por Bolle (2000) e Gagnebin (2014), e nos estudos sobre a APF realizados por Coelho (2003)COELHO, Marinilce Oliveira. Memórias literárias de Belém do Pará: o Grupo dos Novos, 1946-1952. 2003. Tese (Doutorado em Teoria e História Literária) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003., Figueiredo (2001)FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. De pincéis e letras: os manifestos literários e visuais no modernismo amazônico na década de 1920. Revista Territórios e Fronteiras, Cuiabá, v. 9, n. 2, p. 130-155, jul./dez. 2016., Larêdo (2012)LARÊDO, Salomão. Geração Peixe Frito ou Academia do Peixe Frito. Belém: [s. n.], 2012., Nunes e Costa (2016)NUNES, Paulo Jorge Martins; COSTA, Vânia Maria Torres. Academia do Peixe Frito: diálogos e intersecções entre Literatura, Jornalismo e Ciências Sociais na Amazônia do século XX. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS, 40., 2016, Caxambu, Minas Gerais, 2016. Anais [...]. Caxambu, MG: ANPOCS, 2016. p. 1-26. Disponível em: http://www.anpocs.com/index.php/papers-40-encontro/st-10/st02-8/10533-academia-do-peixe-frito-dialogos-e-interseccoes-entre-literatura-jornalismo-e-ciencias-sociais-na-amazonia-do-seculo-xx/file. Acesso em: 10 jan. 2018.
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, entre outros. Os escritos analisados configuram-se como produções nas quais a cidade é o lugar onde os escritores são observadores que redesenham a fisionomia dela por meio da confluência de imagens do cotidiano e do imaginário social. Assim, a escrita de Dalcídio e de Bruno tem força poética, constituindo-se em imagens em movimento e experiências sensoriais entremeadas, as quais representam fragmentos significativos de Belém e do amazônida.

Palavras-chave
Academia do Peixe Frito; Literatura na Amazônia; Fisiognomia; Belém do Pará

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