Resumo
Foi avaliado o potencial do extrato aquoso (AME) de Alhagi maurorum (Boiss.), usado na medicina tradicional para tratamento ou prevenção de urolitíase, para dissolver cálculos de oxalato de cálcio in vitro. Para determinar o potencial litolítico do extrato, cálculos urinários de oxalato de cálcio foram incubados durante 12 semanas sob agitação contínua na presença de AME, Rowanix ou solução de NaCl 9 g/mL foram usados como controles. Após o período de incubação, o peso residual dos cálculos tratados foi determinado e a taxa de dissolução foi calculada. A variação do pH médio foi medida e as alterações nos cristais de oxalato de cálcio na superfície da pedra foram avaliadas usando um microscópio eletrônico de varredura (MEV). Os resultados mostraram um efeito de dissolução significativo para o extrato sobre os cálculos renais durante o período de experimentação. Ao final do experimento, os percentuais de diminuição do peso dos cálculos foram de 41,23, 4,97 e 55,67% para o extrato, solução de NaCl e Rowanix, respectivamente. A análise por cromatografia gasosa revelou principalmente a presença dos seguintes fitocompostos: Ciclopropenona, 2,3-difenil; 1-Nonadecanol; metil-alfa-D-manopiranosídeo; cis-9-hexadecenal. Esses compostos indiscutivelmente desempenham papéis cruciais no sistema de saúde, especialmente no tratamento do câncer e de muitas outras doenças, incluindo urolitíase. A dissolução do cálculo urinário, independente do pH médio, pode ser atribuída à formação de complexos entre os compostos fitoquímicos do extrato e os cálculos.
Palavras-chave:
Alhagi maurorum (Boiss.); urolitíase; GC-MS; cálculos urinários de oxalato de cálcio; pH; microscópio eletrônico de varredura
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