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Biologia reprodutiva de Astyanax Janeiroensis (Osteichthyes, Characidae) do Rio Ubatiba, Maricá, RJ

Foram analisados aspectos da biologia reprodutiva de Astyanax janeiroensis do rio Ubatiba - Maricá, RJ, afim de discutir se a estratégia adotada possui alguma relação de causalidade com as variáveis ambientais. Os espécimens foram coletados mensalmente, entre outubro 1994 e setembro 1995, mediante pesca elétrica. A proporção sexual não diferiu significativamente do esperado 1:1 (G = 1.29; p > 0.50); mas, considerando-se 3 classes de tamanho distintas, foi registrada diferença significativa, com predomínio de fêmeas, na classe de maior tamanho (G = 11,07; p < 0,01). O tamanho médio da 1ª maturação não apresentou diferença significativa entre os sexos. A análise da relação entre o peso e o indicou alometria negativa para os machos e isometria para as fêmeas. A estrutura de tamanho foi significativamente diferente entre os sexos sugerindo que as fêmeas alcançam tamanho superior ao dos machos (D = 0,027, p < 0,01). Foram registrados indivíduos reprodutivos ao longo de nove meses do ciclo anual. A variação temporal de indivíduos reprodutivos, de duas classes de comprimento, indicou comportamento assincrônico com os exemplares de maior tamanho reproduzindo durante um maior intervalo de tempo e os exemplares menores com reprodução restrita a alguns meses do ciclo anual. Altos valores de fecundidade foram registrados, variando de 3169 a 18714 ovócitos para peixes de 9,1 a 10,2 cm, respectivamente. Análises de correlação, entre peso total e o número de ovócitos/unidade de peso, apresentou correlação positiva e indicou que os espécimes maiores produzem mais ovos.

peixes de riacho; riacho costeiro; biologia reprodutiva


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