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Confirmação do dimorfismo sexual em Hoplias aimara (Valenciennes, 1847) (Erythrinidae: Characiformes) proposto por ribeirinhos no Amapá, Brasil

Os peixes podem exibir dimorfismo sexual conforme suas estratégias reprodutivas. Em algumas espécies essa diferenciação já é bem conhecida, no entanto, novos estudos têm aumentado o número de espécies que não precisam de dissecção dos indivíduos para o reconhecimento do seu sexo. A espécie Hoplias aimara, apesar de muito bem estudada ainda não apresentava registro da presença de caracteres sexuais secundários externos. O conhecimento tradicional de ribeirinhos indicou a possibilidade da existência de dimorfismo sexual para esta espécie que foi estudada em duas unidades de conservação no Estado do Amapá, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do rio Iratapuru e o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. Os indivíduos capturados, ainda frescos, tiveram sua nadadeira anal examinada e seu sexo confirmado através de sua dissecção. Indivíduos fixados também passaram pelo mesmo procedimento. Através do formato da nadadeira anal, seja em indivíduos frescos ou fixados, foi possível inferir o sexo de cada indivíduo, que foi confirmado através de sua dissecção. A espécie Hoplias aimara apresenta dimorfismo sexual manifestado na morfologia de sua nadadeira anal. Indivíduos depositados em coleções podem ter seu sexo observado sem sua dissecção, acrescentado informações importantes à biologia dos espécimes.

conhecimento local; etnoictiologia; Tumucumaque; Iratapuru


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