Lagoas marginais são caracterizadas por apresentar elevada diversidade biológica, devido à presença de macrófitas aquáticas nas suas zonas litorâneas, constituindo habitats de refúgio e alimento para comunidades associadas. Entre os seus integrantes, destacam-se os macroinvertebrados aquáticos, fonte de energia para predadores e ictiofauna. Em seis lagoas e em duas épocas distintas (março e agosto de 2009), os atributos ecológicos da comunidade de macroinvertebrados aquáticos associados à Eichhornia azurea foram comparados, identificando-se os fatores ambientais controladores. Uma vez que os atributos da comunidade de macroinvertebrados estão estritamente associados às variáveis abióticas de cada habitat distinto, nossa hipótese era de que cada local com a presença da mesma macrófita aquática flutuante (E. azurea) deveria ter uma típica composição e densidade de organismos. Foram identificados 50 taxa de macroinvertebrados, com maior riqueza registrada para os insetos aquáticos (37 taxa), distribuídos em oito ordens; sendo a ordem Diptera a mais abundante nos dois períodos de estudo. Por outro lado, maiores valores de riqueza total de taxa foram registrados em agosto. Oxigênio dissolvido e pH apresentaram o maior número de correlações significativas positivas com os diferentes taxa. Os animais mais frequentes, coletados nas seis lagoas estudadas em março e agosto de 2009, foram Hirudinea, Oligochaeta, Hydrachnidiae, Conchostraca, Ostracoda, Noteridae, Ceratopogonidae, Chironomidae, Culicidae, Caenidae, Pleidae, Aeshnidae, Libellulidae, Coenagrionidae e Nematoda. Apenas as densidades de Trichoptera, Ostracoda e Conchostraca apresentaram maior diferença significativa entre lagoas, em ambos os períodos de estudo. Considerando-se a composição de macroinvertebrados, diferenças significativas não foram registradas.
fitofauna; macrófitas aquáticas; lagoas marginais
