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Sazonalidade, biologia e ameaças ao canário-tipio Sicalis luteola (Sparrman, 1789) (Aves, Thraupidae) no Nordeste do Brasil

Resumo

Sicalis luteola ocorre do México a América do Sul. No Nordeste do Brasil sua biologia, dinâmica populacional e ameaças são pouco conhecidas. A subespécie S. luteola luteiventris aparentemente migra em direção ao norte durante o inverno austral. Os objetivos específicos deste trabalho foram: 1) verificar a sazonalidade da espécie, 2) obter informações referentes a muda e reprodução, e 3) verificar quais as principais ameaças. Os meses com os maiores números de registros foram março, abril e maio (51,12%), enquanto os meses de novembro e dezembro foram os menos representativos (3%). Foi encontrado um grande pico populacional no mês de abril nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, e em abril e maio em Pernambuco. Na Paraíba não houve uma variação sazonal marcante. Foram capturados 66 indivíduos, todos adultos, sendo 38 machos e 28 fêmeas. 30% das aves capturadas apresentaram muda nas penas de contorno, principalmente na cabeça. Um total de 23 indivíduos apresentou placa de incubação, sendo todas fêmeas. Seis ninhos foram encontrados, quatro deles continham dois ou três ovos. A principal ameaça a espécie no Nordeste é o comércio ilegal de aves silvestres. Este trabalho fornece importantes ferramentas para subsidiar planos de conservação para essa ave na região.

Palavras-chave:
Brasil; Caatinga; conservação; comércio ilegal

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