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Fagocitose bacteriana por macrófago de auto-implante esplênico

O auto-implante esplênico parece constituir a única alternativa para preservação de tecido esplênico após esplenectomia total. O objetivo deste trabalho foi analisar a regeneração morfológica de tecido esplênico auto-implantado em ratos Wistar e determinar a função fagocitária bacteriana de seus macrófagos. Utilizamos um modelo experimental com 32 ratos, de ambos os sexos, submetidos a esplenectomia total combinada com auto-implante de fatias de toda a massa esplênica no omento maior. Os animais foram divididos em dois grupos: I - ratos jovens com peso variando entre 100 g e 150 g; e II - ratos adultos com peso variando entre 250 g e 300 g. Dezesseis semanas depois, os animais foram inoculados, por via intravenosa, com uma suspensão de Escherichia coli AB1157. Decorridos vinte minutos da inoculação, os animais foram mortos e os implantes esplênicos foram removidos para estudo morfológico. Ocorreu regeneração do tecido esplênico auto-implantado em todos os animais. Foi observado aspecto morfológico similar em todos os animais, com presença de polpas vermelhas e brancas, folículos linfóides e zona marginal, com moderado desarranjo arquitetural. Foram observados macrófagos contendo agregados de bactérias gram-negativas, assim como macrófagos contendo pigmentos de hemosiderina, em seu citoplasma. Os vasos sangüíneos apresentaram paredes preservadas, com ausência de sinais de vasculite ou trombose. Nossos resultados sugerem que o implante esplênico autógeno no omento maior do rato adquire a arquitetura macro e microscópica de um baço normal, de menor dimensão, e preserva a função fagocitária bacteriana.

baço; esplenectomia; implante esplênico autógeno; auto-implante esplênico; regeneração; macrófago; fagocitose bacteriana; sepse


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