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Distribuição de algas perifíticas em áreas úmidas (Veredas, Cerrado), Brasil

A distribuição de comunidades de algas perifíticas depende de vários fatores, como tipo de substrato, nível de distúrbio, disponibilidade de nutrientes e luz. De acordo com a predição de que impactos de ação antrópica proporcionam alterações nas características ambientais – tornando Veredas impactadas relacionadas a alterações ambientais, como desmatamentos e maiores cargas de nutrientes via alóctone –, a hipótese testada foi: Veredas impactadas apresentam maiores riqueza, densidade, biomassa e biovolume de algas epifíticas. Avaliaram-se a distribuição e a estruturação de comunidades de algas epifíticas em 23 Veredas do Estado de Goiás sob diferentes impactos ambientais. Os atributos da estrutura de comunidade avaliados foram composição, riqueza, densidade, biomassa e biovolume. Este estudo revelou a importância das características ambientais na distribuição e na estruturação das comunidades de algas, relacionando os maiores valores de riqueza, biomassa e biovolume dos organismos aos ambientes impactados. Águas ácidas e altas concentrações de sílica foram fatores importantes no estudo. Ao todo, foram identificados 200 táxons, sendo as zignemafíceas o grupo mais representativo em riqueza e biovolume, enquanto as diatomáceas, as mais representativas em densidade do epifíton estudado. Veredas impactadas em área de agropecuária apresentaram duas espécies indicadoras, Gomphonema lagenula e Oedogonium sp., ambas relacionadas com condições mesotróficas a eutróficas, para concentrações de nitrogênio total desses ambientes.

águas ácidas; ação antrópica; ecologia; epifíton


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