Acessibilidade / Reportar erro

Influência da quantidade e qualidade do séston sobre o crescimento de cladóceros tropicais

O séston do lago Monte Alegre, um lago tropical pequeno e raso, foi testado em relação à quantidade e qualidade para os cladóceros por meio de experimentos de crescimento realizados na primavera (Daphnia gessneri e Moina micrura), no verão (D. gessneri, M. micrura, Ceriodaphnia cornuta e Simocephalus mixtus) e no inverno (D. gessneri e D. ambigua). Coortes de recém-nascidos oriundos de fêmeas ovígeras coletadas no lago ou de culturas de laboratório foram submetidas à temperatura de 23ºC aos seguintes tratamentos: (1) as clorofíceas Ankistrodesmus falcatus e/ou Scenedesmus spinosus, (2) séston do lago e (3) séston + clorofíceas. Foram avaliados a taxa de crescimento, o tamanho da ninhada e a fecundidade. O séston sozinho não foi o melhor alimento para promover o crescimento dos cladóceros. Houve diferenças sazonais quanto à quantidade e à qualidade do alimento, sendo o séston da primavera e o do verão melhores para promover o crescimento que o do inverno. A adição de clorofíceas ao séston aumentou o tamanho da ninhada e a fecundidade para a maioria das espécies no verão e no inverno, mas não na primavera. A limitação de energia parece ser o fator mais importante para o crescimento de cladóceros no verão e, especialmente, no inverno.

cladóceros tropicais; experimentos de crescimento; quantidade e qualidade do alimento


Instituto Internacional de Ecologia R. Bento Carlos, 750, 13560-660 São Carlos SP - Brasil, Tel. e Fax: (55 16) 3362-5400 - São Carlos - SP - Brazil
E-mail: bjb@bjb.com.br