Acessibilidade / Reportar erro

Diferenças na composição e na riqueza de parasitas gastrointestinais de pequenos roedores (Cricetidae, Rodentia) em uma área continental e uma insular de Floresta Atlântica em Santa Catarina, Brasil

Parasitas gastrointestinais de roedores silvestres foram estudados pela primeira vez na Ilha de Santa Catarina em 1987. Desde então, nenhum outro estudo nessa área foi realizado no Estado. O objetivo do presente estudo foi identificar parasitas intestinais de roedores silvestres de Santo Amaro da Imperatriz e da Ilha de Santa Catarina, bem como comparar a composição e a riqueza da comunidade de parasitas gastrointestinais de ambas as áreas. A análise das fezes dos animais capturados foi realizada por meio do método de sedimentação espontânea (HJP) e por microscopia óptica. Nas duas áreas, foram capturadas as espécies de roedores Akodon montensis, Euryoryzomys russatus, Oligoryzomys nigripes e Nectomys squamipes. Em Santo Amaro da Impetratiz, observou-se a seguinte prevalência de parasitoses: A. montensis (51%), E. russatus (62%), O. nigripes (53%) e N. squamipes (20%). Diferentemente, em Florianópolis, as frequências de parasitoses foram: A. montensis (43%), E. russatus (59%), O. nigripes (30%) e N. squamipes (33%). Os parasitos encontrados pertencem aos grupos: Hymenolepis sp., Longistriata sp., Strongyloides sp., Hassalstrongylus sp., Syphacia sp., Trychomonas sp., Ancilostomatidae,Trichuridae, Oxyuridae e Eucoccidiorida. Foi possível observar que os roedores da área localizada no continente (Santo Amaro da Imperatriz) possuem uma comunidade de parasitas gastrointestinais mais rica (10.6 ± 0.7; p < 0.01) e diversa (p = 0.001) do que a comunidade presente na Ilha de Santa Catarina (6.9 ± 0.5).

Biogeografia; Unidade de Conservação Desterro; Parque Estadual da Serra do Tabuleiro


Instituto Internacional de Ecologia R. Bento Carlos, 750, 13560-660 São Carlos SP - Brasil, Tel. e Fax: (55 16) 3362-5400 - São Carlos - SP - Brazil
E-mail: bjb@bjb.com.br