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Aspectos fisiológicos, celulares e moleculares da tolerância à dessecação em sementes de Anadenanthera colubrina durante a germinação

Resumo

Durante a germinação, sementes ortodoxas tornam-se gradualmente intolerantes à dessecação, e por isso podem ser utilizadas como modelo para o estudo da recalcitrância. No presente trabalho realizou-se uma caracterização dos aspectos fisiológicos, bioquímicos e ultraestruturais da perda da tolerância à dessecação de sementes de Anadenanthera colubrina em processo germinativo. Para isso as sementes foram embebidas durante 0 (controle), 2,8,12 e aproximadamente 18 horas (sementes germinadas com 1 mm de radícula), secas por 72 horas, reidratadas e a sobrevivência avaliada. Ao longo da embebição foram realizadas análises citométricas, ultraestruturais e extração de proteínas resistentes ao calor e após embebição e secagem foram avaliados danos ultraestruturais. A tolerância à dessecação foi totalmente perdida após a protrusão radicular. Não houve aumento do conteúdo de DNA 4C quando a tolerância à dessecação foi perdida. Características ultraestruturais de células de radículas de 1 mm assemelharam-se às encontradas em sementes recalcitrantes tanto no estado hidratado quanto desidratado. A perda da tolerância à dessecação coincidiu com a redução do conteúdo de proteínas resistentes ao calor.

Palavras-chave:
tolerância à dessecação; sementes floretais; secagem

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