Um dos aspectos da defesa das plantas é a produção de compostos secundários constitutivos que são tóxicos para herbívoros e patógenos. O objetivo deste estudo foi comparar padrões de toxidez nas folhas em diferentes gradientes de nutrientes e intensidade luminosa. Foi medida a potencial toxidez (1/CL50) em extratos de seis espécies herbáceas de Asteraceae, desenvolvidas sob condições controladas de temperatura (25ºC), umidade (80%) e fotoperíodo (16 h/dias), com diferentes concentrações de solução hidropônica de Hoagland modificada (completa, 1/5, 1/10 e 1/50 diluídas) e sob três intensidades de luminosidade (250 e 125 mimol/m²/s). As plantas germinadas foram acompanhadas por 42 dias e, então, 15 indivíduos de cada espécie foram coletados ao acaso a cada 7 dias. Foi realizada uma medida geral da toxidez fitoquímica potencial usando extração alcoólica de compostos secundários das plantas estudadas, seguida do teste biológico com Artemia sp. Contrariando a hipótese de carbono/nutriente, a toxidez do tecido geralmente aumenta com a redução dos níveis de nutrientes e luminosidade. Isto é, plantas que tiveram crescimento restringido apresentaram-se mais tóxicas, embora as espécies tivessem tendências diferentes.
Asteraceae; disponibilidade de nutrientes; compostos secundários; defesa vegetal; TCR
