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Atividade antioxidante e conteúdo fenólico de infusões foliares de espécies de Myrtaceae do Cerrado (Savana Brasileira)

Resumo

Há um considerável interesse na descoberta de novos antioxidantes de origem vegetal. Muitos estudos enfatizaram a atividade antioxidante de espécies pertencentes à família Myrtaceae. No entanto, há poucos relatos sobre espécies do Cerrado. Neste estudo, a atividade antioxidante e o conteúdo fenólico de 12 espécies nativas de Myrtaceae do Cerrado foram avaliados (Blepharocalyx salicifolius, Eugenia bimarginata, Eugenia dysenterica, Eugenia klotzschiana, Hexachlamys edulis, Myrcia bella, Myrcia lingua, Myrcia splendens, Myrcia tomentosa, Psidium australe, Psidium cinereum e Psidium laruotteanum). O potencial antioxidante foi estimado através do índice de atividade antioxidante (AAI) pelo método do DPPH e o conteúdo fenólico total (TPC) pelo ensaio de Folin-Ciocaulteu. Houve uma alta correlação entre os valores de TPC e AAI. P. laruotteanum teve o maior TPC (576,56 mg de equivalente em ácido gálico por g de extrato) e foi o antioxidante mais potente (AAI = 7,97, IC50 = 3,86 µg.mL–1), com atividade próxima da quercetina pura (IC50 = 2,99 µg.mL–1). Os extratos de nove espécies apresentaram IC50 de 6,24 a 8,75 µg.mL–1. Além disso, a maioria das espécies teve valores de TPC e AAI similares ou maiores que Camellia sinensis, cujo chá é comumente consumido e apresenta fortes propriedades antioxidantes. Os resultados mostraram que as espécies de Myrtaceae do Cerrado analisadas apresentam conteúdos fenólicos e atividades antioxidantes elevadas. Dessa forma, elas são uma fonte potencial de novos antioxidantes.

Palavras-chave:
sequestro de radical livre

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