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Desvendando territorialidade alimentar na Garça-Azul, Egretta caerulea, em Cananéia, Brasil

Uso do habitat pela garça-azul (Egretta caerulea) e a descoberta da territorialidae alimentar são discutidos aqui. Os resultados apontaram para a existência de um indivíduo territorial defendendo uma área (2.564,46 ± 943,56 m²) próxima ao manguezal e indivíduos não-territoriais (9,17 ± 2,54) no restante de uma área demarcada (média das áreas para os não-territoriais: 893,25 ± 676,72). Uma correlação positiva fraca (r = 0,47, df = 46, p < 0,05) foi encontrada entre a sobreposição de indivíduos territoriais e não-territoriais (2,85 ± 3,07 m²) e a média de área sobreposta para indivíduos territoriais (171,41 ± 131,40 m²). Maiores taxas de captura (1,52 ± 1,14 × 1,00 ± 1,37 capturas/minutos) e sucesso (0,45 ± 0,31 × 0,21 ± 0,27 capturas/tentativas de captura) e menores taxas de gasto energético (45,21 ± 14,96 × 51,22 ± 14,37 passos/min; e 3,65 ± 2,55 × 4,94 ± 3,28 tentativas de captura/min) foram registradas para indivíduos forrageando em áreas mais próximas do manguezal. Os resultados sugerem que o comportamento territorial observado tem mais relação com alguns parâmetros alimentares do que com a pressão de intrusos. Assim como a territorialidade observada pode estar relacionada com a defesa de áreas que contém alta disponibilidade de presas.

área de uso; comportamento alimentar; defesa; estuário; território


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