As variações espaciais e temporais do Cocconeis placentula var. euglypta, na deriva e no perifiton, foram estudadas em córregos da montanha da província de Córdoba (Argentina). O programa de amostragem foi conduzido, durante um ciclo anual, nas estações de coleta situadas antes e após uma confluência entre córregos da ordem diferente. As amostras foram feitas também a cada duas horas ao longo do período de luz do dia, sob condições de águas altas e baixas. O relacionamento entre deriva e reprodução celular foi avaliado pela análise biométrica do comprimento da valva. A deriva do C. placentula var. euglypta foi contínua, sua densidade não dependeu sempre da densidade do perifiton em cada uma das estações de coleta. A deriva demonstrou uma correlação com fatores abióticos como a temperatura e o fluxo no ano. Foram obtidas diferenças não significativas entre os comprimentos das valvas do perifiton e da deriva. Adicionalmente, a deriva pode ser associada à reprodução celular porque a densidade foi maior quando os comprimentos das valvas foram mais curtos, em diferentes horas do dia. Epifitia do Cocconeis placentula var. euglypta sobre Cladophora glomerata também influenciou na densidade da deriva e na distribuição dos tamanhos. Modificaram-se os relacionamentos entre as densidades do perifiton e da deriva quando Cocconeis placentula var. euglypta fora desprendido das esteiras senescent , na primavera tardia.
perifiton; deriva; córrego; Cocconeis placentula var. euglypta
