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Distribuição vertical diária do zooplâncton em dois lagos oligo-mesotróficos ao norte da Patagônia (39º S, Chile)

Resumo

As comunidades zooplanctônicas frequentemente exibem migrações verticais diárias para evitar a radiação ultravioleta natural e/ou a predação de peixes. No entanto, não há informações sobre esse tema em lagos chilenos no norte da Patagônia até a presente data. Portanto, este estudo trata de uma primeira caracterização da migração vertical diária de crustáceo planctônico em dois lagos temperados e oligotróficos (lagos Villarrica e Panguipulli, 39º S) no sul do Chile. O zooplâncton foi coletado em diferentes profundidades (0-10 m, 10-20 m, 20-30 m e 30-40 m) no início da manhã, ao meio-dia, à tarde e à noite no local estudado. Os resultados revelaram que as espécies de zooplâncton (Daphnia pulex, Ceriodaphnia dubia, Neobosmina chilensis, Mesocyclops araucanus e Tropocyclops prasinus) são abundantes nas zonas de superfície à noite, de manhã cedo e à tarde, enquanto, ao meio-dia, as abundâncias do zooplâncton são altas nas zonas de profundidade. Os resultados expostos corroboram as observações para outros lagos argentinos e da América do Norte, onde foram reportados esses padrões de migração diária em espécies crustáceas de zooplâncton por causa, principalmente, da exposição à radiação ultravioleta natural, enquanto, para lagos do hemisfério norte, a migração vertical se dá em razão do efeito combinado da radiação ultravioleta natural e exposição à predação.

Palavras-chave:
zooplâncton; migração vertical diária; lagos patagônicos; cladóceros; copépodes

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