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Depleção da dopamina em ratos wistar com epilepsia

Resumo

O conteúdo de dopamina nas estruturas cerebrais tem sido relacionado à excitabilidade neuronal e várias abordagens têm sido utilizadas para estudar este fenômeno durante o período de vulnerabilidade às crises. No presente trabalho, descrevemos os efeitos da depleção de dopamina após a administração de 6-hidroxidopamina (6-OHDA) na região pars compacta da substância negra de ratos submetidos ao modelo de epilepsia com pilocarpina. A susceptibilidade ao estado de mal epiléptico induzido pela pilocarpina, bem como a frequência de crises espontâneas e recorrentes durante o período crônico do modelo foi determinada. Sendo o hipocampo uma das principais estruturas afetadas no desenvolvimento desse modelo experimental de epilepsia, os níveis de dopamina nessa região foram determinados após a administração da droga. No primeiro experimento, 62% (15/24) dos ratos pré-tratados com 6-OHDA e 45% (11/24) daqueles que receberam ácido ascórbico como solução controle evoluíram para crises límbicas motoras e para o estado de mal epiléptico, após a administração de pilocarpina. A gravidade das crises durante o período agudo do modelo foi significativamente maior nos ratos epilépticos experimentais (56,52%) do que nos ratos controle (4,16%). No segundo experimento, não houve diferença significante entre os grupos quanto à frequência de crises na fase crônica do modelo. Nossos dados mostraram que a dopamina pode desempenhar um papel importante na gravidade das crises na fase aguda da pilo, o que parece ser exercido por sua ação inibitória da dopamina sobre a expressão motora das crises.

Palavras-chave:
dopamina; pilocarpina; epilepsia; substantia nigra; hipocampo

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