Resumo
Os indicadores são aplicados com menores custos e mais rapidez em comparação com levantamentos convencionais, fornecendo respostas rápidas e eficientes que podem facilitar a gestão das áreas protegidas. Nosso objetivo foi selecionar indicadores de vegetação para monitorar áreas protegidas. Para este fim, analisamos o sub-bosque e quantificamos as lianas e fetos arborescentes em áreas protegidas e não-protegidas em busca de espécies indicadoras. Nossas áreas de estudo estão localizadas na região do Vale do Ribeira, sudeste do Estado de São Paulo, Brasil. Uma delas é uma área protegida (categorias da IUCN II e V) e outra uma fazenda de propriedade privada. Lianas com grandes diâmetros (>13 cm) e fetos arborescentes com grandes alturas (>19 m) foram considerados indicadores de áreas não perturbadas (área protegida), pois seu crescimento está diretamente associado com o estágio sucessional das florestas. As espécies indicadoras da área protegida são não pioneiras, como Bathysa australis (A.St.-Hil.) K.Schum., já as da fazenda (não protegida) são pioneiras, como Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. e Nectandra oppositifolia Ness. Todos indicadores sugeridos podem ser utilizados em ações de gestão e conservação, especialmente em áreas protegidas, para garantir a manutenção dos remanescentes florestais e para assegurar o cumprimento dos objetivos destas áreas.
Palavras-chave:
estágios sucessionais; espécies indicadoras; áreas protegidas; Mata Atlântica