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Micropropagação de Calophyllum brasiliense (Cambess.) a partir de segmentos nodais

Resumo

A micropropagação de Calophyllum brasiliense Cambess. (Clusiaceae) é uma maneira de superar dificuldades para sua produção em larga escala, devido à natureza recalcitrante das sementes, frutificação irregular e ausência de propagação vegetativa natural da espécie. Culturas foram estabelecidas utilizando segmentos nodais com 2 cm de comprimento, obtidos de plantas com 1 a 2 anos de idade, mantidas em casa de vegetação. Cloreto de mercúrio e Plant Preservative Mixture™ foram utilizados durante a etapa de desinfestação, com melhores resultados alcançados com a incorporação de Plant Preservative Mixture™ ao meio de cultura. Polivinilpirrolidona, carvão ativado, cisteína, ácido ascórbico ou ácido cítrico foram adicionados ao meio de cultura para evitar a oxidação dos explantes. Após 30 dias de cultivo, o uso de polivinilpirrolidona ou ácido ascórbico proporcionou melhores resultados, eliminando a oxidação na maioria dos explantes. Para multiplicação das brotações, benzilaminopurina foi usada em concentrações de 4.4 e 8.8 µM em meio WPM, resultando em uma média de 4.43 e 4.68 brotações por explante, respectivamente, após 90 dias. Ácido indol-3-butírico e ácido α-naftaleno acético foram usados para a indução de raízes, alcançando um enraizamento máximo de 24% com o uso de 20µM de ácido α-naftaleno acético. As plantas enraizadas foram transferidas para substrato Plantmax® e cultivadas em casa de vegetação, alcançando 79% de sobrevivência após 30 dias e 60% após um ano.

Palavras-chave:
benzilaminopurina; Clusiaceae; guanandi; planta lenhosa

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