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Adaptação Laboratorial Evolutiva para obtenção de cepas de bactérias ácido-lácticas de interesse industrial - uma revisão

Resumo

O objetivo deste artigo de revisão foi descrever como a adaptação laboratorial evolutiva (ALE) pode proporcionar o melhoramento de cepas de bactérias ácido-lácticas (BAL) para aplicação em processos biotecnológicos industriais. A revisão foi realizada de acordo com a abordagem Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-analysis (PRISMA), empregando as bases de dados ScienceDirect e Scopus. A busca bibliográfica resultou em 4.167 e 27 documentos, respectivamente, os quais reduziram-se para 12 após a aplicação dos critérios de inclusão/exclusão. Os trabalhos utilizaram BAL dos gêneros Lactobacillus, Lactococcus, Leuconostoc e Enterococcus para a ALE, empregando o método batelada ou batelada alimentada ou ambos, e tinham como objetivo a geração de cepas com maior capacidade de produção de ácido láctico, viabilidade celular e tolerância a diferentes condições de estresse. Os estudos demonstraram que a ALE é uma ferramenta eficiente no melhoramento de cepas para os fenótipos desejados, além de não empregar engenharia genética. O conhecimento das respostas celulares e moleculares dos microrganismos ao estresse possibilita a compreensão dos mecanismos de adaptação das cepas de BAL para sobrevivência e maior produção de metabólitos ao longo da ALE.

Palavras-chave:
Melhoramento; Evolução; Metabolismo; Lactobacillus; Lactococcus; Leuconostoc

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