Resumo
Este trabalho teve como objetivo a elaboração e caracterização de um queijo fresco a partir do excedente de colostro bovino de fazendas leiteiras. O colostro foi caracterizado quanto aos teores de gordura (4,00%), proteínas (16,30%), umidade (79,68%), cinzas (0,95%), minerais, pH (6,32), acidez titulável (0,27 g/100 mL), imunoglobulina G (>50 g/L), lactose (1,60%), cor e presença de bactérias patogênicas. O queijo fresco elaborado com colostro foi submetido às mesmas caracterizações do colostro: gordura (7,00%), proteínas (22,95%), umidade (67,98%), cinzas (1,85%), minerais, pH (6,15), acidez titulável (0,04 g/100 mL), imunoglobulina G (30,95 g/L), lactose (não detectável), cor e presença de bactérias patogênicas, além da avaliação dos parâmetros de textura e da análise sensorial. O queijo fresco elaborado com colostro apresentou alto teor de umidade (67,98%) e baixo teor de gordura (7,00%). A porcentagem de proteína foi elevada (22,95%), sendo grande parte composta por imunoglobulinas. O teor de lactose do queijo fresco elaborado com colostro foi muito baixo para ser quantificado, indicando a possibilidade de desenvolvimento de novos produtos lácteos a partir de colostro para consumidores intolerantes à lactose. Além disso, o queijo apresentou elevada concentração de imunoglobulina G, que pode conferir a esse produto a propriedade de reforço imunológico. A análise sensorial mostrou que o processo de elaboração do queijo fresco com colostro deve ser aprimorado para aumentar a aceitação dos consumidores, principalmente no que se refere à textura.
Palavras-chave:
Intolerância à lactose; Queijo de colostro; Colostro bovino; Imunoglobulina; Reforço imunológico; Engenharia de Alimentos