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Qualidade nutricional e aceitação sensorial da mandioca biofortificada

Resumo

Estima-se que o número global de pessoas afetadas pela deficiência de micronutrientes, também conhecida mundialmente como fome oculta, seja superior a dois bilhões, sendo assim considerada um problema de saúde pública. O objetivo deste estudo foi avaliar cultivares biofortificadas de mandioca quanto a composição físico-química e teor de carotenoides totais, além de verificar sua aceitação sensorial por escolares. O estudo foi realizado em Santa Maria-RS, Brasil, com quatro cultivares de mandioca, sendo duas variedades biofortificadas com polpa amarela (BRS 399 e BRS 396) e duas variedades não biofortificadas: uma com polpa amarela (“Gema de ovo”) e outra com polpa branca (“Vassourinha”). Após o cozimento das raízes, a composição nutricional (umidade, proteína, lipídio, cinzas e amido total), o teor de carotenoides totais e a aceitação sensorial das raízes pelas crianças, nos municípios sul-rio-grandenses de em Júlio de Castilhos e Dilermando de Aguiar, foram determinados. Os teores de umidade, proteína, lipídios, cinzas e amido apresentaram variações significativas entre as cultivares analisadas. Os maiores níveis de carotenoides totais foram encontrados nas cultivares biofortificadas (12,85 µg g-1). Nas cultivares não biofortificadas, “Gema de ovo” e “Vassourinha”, os níveis foram de 12,01 µg g-1 e 3,30 µg g-1, respectivamente. A aceitação sensorial foi de 78,7%, demonstrando potencial para inserção de raízes biofortificadas na alimentação escolar.

Palavras-chave:
Agricultura familiar; Alimentação escolar; Biofortificação; Micronutrientes; Vitamina A

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