Distâncias genéticas entre cultivares de cacau foram calculadas através de análise multivariada, empregando-se a estatística D2, objetivando examinar a classificação dos grupos raciais e acessar híbridos heteróticos. Um dialelo completo 5 x 5 foi avaliado. Cinco cultivares da geração S1, pertencentes aos grupos Forasteiro do Baixo Amazonas e Trinitário, e os 20 híbridos entre os correspondentes cultivares S0 foram analisados com base em cinco componentes de produção - número de frutos sadios e colhidos por planta (NHFP e NCFP), peso de sementes úmidas por planta e por fruto (WSWP e WSWF) e percentagem de frutos doentes por planta (PDFP) - por cinco anos (1986-1990). A análise de diversidade sugeriu estreita relação entre Trinitários e Forasteiros do Baixo Amazonas. A associação entre diversidade genética e heterose dos híbridos foi avaliada pelo coeficiente de correlação (r). A distância genética entre os cultivares, dada por D2, mostrou-se linearmente associada com a performance média dos híbridos para WSWP e WSWF (r = 0,68; P < 0,05 e r = 0,76; P < 0,05, respectivamente) e com a performance heterótica para os mesmos componentes (r = 0,66; P < 0,05 em ambos os casos). Uma relação positiva entre distância genética dos cultivares e efeitos de capacidade de combinação foi sugerida. Os resultados indicaram que as estimativas de diversidade genética podem ser úteis na seleção de genitores para cruzamentos e no estabelecimento das relações entre grupos raciais de cacau.