Resumo:
A disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos (RSU) pode comprometer o solo e as águas subterrâneas em decorrência da presença de diversas substâncias contaminantes, dentre elas os metais pesados. Esse estudo objetivou analisar alguns atributos e os teores de alguns metais potencialmente poluidores no solo da área do lixão de Cáceres-MT. Para isso, essa área foi dividida em 3 subáreas: natural, ativa e inativa. Em cada área foram coletadas amostras de solo nas profundidades de 0-0,20 e 0,20-0,40 m, as quais foram submetidas a análises de rotina para avaliação da fertilidade do solo: pH em água, matéria orgânica (MO), fósforo, potássio, cálcio, magnésio, alumínio, acidez potencial e calculados a capacidade de troca de cátions (CTC a pH 7,0) e efetiva (CTCefe), saturação por bases (V%) e saturação por alumínio (m %); textura; e teores dos metais As, Cd, Pb, Cr e Ni. Os teores totais de metais pesados foram determinados por espectrometria de emissão óptica, com plasma acoplado indutivamente após extração mediante o método SW 3050B. Não houve diferença significativa entre os valores médios de pH, entre as áreas, ficando os mesmos entre 5,3 e 5,7. Maiores teores de matéria orgânica e CTCefe foram verificados na área natural. Os teores de metais pesados presentes no solo do lixão de Cáceres estão abaixo dos valores de referência estabelecidos na literatura. Os baixos teores de argila encontrados do solo da área do lixão não a torna adequada para a disposição de RSU.
Palavras-chave:
Resíduos sólidos urbanos; Pantanal Matogrossense; contaminação do solo; metais pesados; elementos-traço