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Petrogênese de diabásios toleíticos na porção oriental da Bacia do Parnaíba: evidências para heterogeneidade no manto litosférico subcontinental no NE do Brasil

RESUMO:

As rochas sedimentares paleozóicas da Bacia do Parnaíba, no Nordeste do Brasil, foram intrudidas por soleiras volumosas de diabásio toleítico e cobertas por derrames basálticos. Este artigo apresenta dados geoquímicos obtidos a partir de amostras de poços da porção leste da bacia sedimentar. Os diabásios são subalcalinos, toleíticos e agrupam-se em três suites de alto-TiO2 e três de baixo-TiO2 não relacionadas por processos de diferenciação. Os processos petrogenéticos foram investigados com base em modelagem geoquímica e revelaram que as suites toleíticas evoluíram por cristalização fracionada de augita e olivina à exceção de uma, de baixo-TiO2, evoluída por AFC em câmaras magmáticas pequenas na crosta superior. As composições parentais de ambas as suites, de baixo-TiO2 e alto-TiO2, estão relacionadas com fontes mantélicas harzburgíticas variavelmente enriquecidas dentro da zona de estabilidade espinélio representadas pelo manto litosférico subcontinental. Esta fonte mantélica é lateralmente e/ou verticalmente quimicamente heterogênea e a provincialidade geoquímica em escala local parece não ter sido controlada pelo Lineamento Transbrasiliano, mas sim por remobilização do manto litosférico subcontinental possivelmente amalgamado durante processos orogênicos colisionais ocorridos previamente.

PALAVRAS-CHAVE:
Transbrasiliano; Bacia do Parnaíba; Diabásios

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