Com o objetivo de avaliar a virulência de Candida albicans in vivo, foram selecionadas duas cepas de acordo com a atividade enzimática de fosfolipase e protease, para utilização em modelo de infecção experimental. Utilizou-se um isolado de secreção vaginal, estocado na Micoteca URM por 43 anos com alta atividade de fosfolipase (Pz=0.217) e de protease (1.386 U.mL-1), e outro recém-isolado de secreção orofaríngea de paciente com AIDS, o qual apresentou baixa atividade de fosfolipase (Pz=0.482) e de protease (0.780 U.mL-1). As amostras foram inoculadas por via intra-peritoneal em camundongos (Mus musculus) na presença e ausência de imunossupressão e a infecção foi avaliada durante 21 dias. A cada 72 h foram assepticamente removidos o fígado, baço, pulmões e rins e coletado o sangue desses animais. Foi quantificado o número de unidades formadoras de colônias (u.f.c.) recuperadas de cada órgão e realizada avaliação histopatológica dos mesmos. A cepa recém-isolada mostrou-se mais virulenta in vivo, quanto ao número de culturas positivas e à severidade das lesões observadas ao exame histopatológico. Não foi observada correlação entre a atividade enzimática in vitro e a virulência in vivo.
Candida albicans; enzimas extracelulares; virulência; infecção experimental