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Efeito das condições de cultivo sobre a produção de proteases extracelulares pelo termofílico Bacillus sp e algumas propriedades da atividade enzimática

A produção de proteases pelo termofílico Bacillus sp cepa SMIA-2 cultivado em culturas líquidas contendo maltose (1%) e suplementada com proteínas de soro (0,1%) e água de maceração de milho (0,3%) alcançou o máximo em 14 h, com níveis de 42 U/mg proteína. O microrganismo foi capaz de utilizar várias fontes de carbono, mas a atividade da protease variou com cada fonte. Amido e maltose foram as melhores fontes para a secreção da protease, enquanto lactose e sacarose não foram muito efetivas. O aumento da concentração de maltose no meio de cultura até 1% melhorou o crescimento do organismo e a atividade da enzima. Em relação à concentração de proteínas do soro e da água de maceração de milho no meio de cultura, 0,1% e 0,2% respectivamente, foram as mais efetivas para a secreção da enzima pelo organismo. Estudos sobre a caracterização da protease revelaram que a temperatura ótima desta enzima foi 70ºC. Em relação a termoestabilidade da enzima, a protease manteve 80% de sua atividade original após 2 h de tratamento a 60ºC. A 70ºC, 70% de sua atividade original foi mantida após 15 min. O pH ótimo para atividade da enzima foi 8,5. Após a incubação da solução enzimática bruta a pH 6,0-10.0 por 2 h a temperatura ambiente, foi observado um decréscimo de em torno de 15% da sua atividade original a pH 8,5. A pH 10,0 o decréscimo na atividade foi de 24%. Na presença de 1.0 M e 5.0 M NaCl, 76% e 37% da atividade da protease foi mantida após 2 h de incubação a 45ºC respectivamente.

protease; bactéria termofílica; Bacillus sp


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