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Atividade enzimática em solo sob plantio direto e rotações de culturas em agro-ecossistema subtropical

Práticas agrícolas que reduzam a degradação do solo e promovam sustentabilidade são importantes para os agrossistemas tropicais/subtropicais. O plantio direto (PD) diminui as perdas de solo e, se combinado com rotação de culturas pode proteger o solo da degradação físico-química provocada pela agricultura intensiva. A atividade enzimática do solo pode fornecer importantes informações de como o manejo do solo está afetando a decomposição da material orgânica e a ciclagem dos nutrientes. Assim, avaliou-se a atividade das enzimas amilase, celulose, arilsulfatase, fosfatase ácida e fosfatase alcalina em um experimento a campo, instalado em 1976 em Londrina, PR, que tem como tratamentos o preparo do solo (plantio direto ou convencional) nas parcelas e a rotação de culturas (soja/trigo, milho/trigo e algodão/trigo) nas subparcelas. Amostras de solos foram coletadas a 0-5, 5-10 e 10-20 cm de profundidade em 1997 e 1998. Na profundidade de 0-5 cm sob PD, observaram-se aumentos de 68% na atividade da amilase, 90% na celulase, 219% na arilsulfatase, 46% na fosfatase ácida e 61% na fosfatase alcalina. Observaram-se correlações significativas entre a atividade enzimática e o C-orgânico total do solo e o C e N da biomassa microbiana. Esses resultados evidenciam que a atividade enzimática do solo é um indicador sensível de alterações na qualidade do solo, promovidas pelo manejo.

atividade enzimática; plantio direto; rotação de cultura; manejo do solo; qualidade do solo


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