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Biofilmes de Staphylococcus aureus em cateter venoso central em hemodiálise

As infecções devido a biofilmes bacterianos são comuns em pacientes sob tratamento em hemodiálise. Neste estudo, 16 pacientes (7 homens, 9 mulheres, de 22 a 81 anos, média 50 anos de idade), com um total de 25 cateteres de hemodiálise (3 de triplo-lúmen e 22 de duplo-lúmen) de poliuretano inseridos em veia subclávia foram estudados. Os cateteres permaneceram no local de 3 a 91 dias (média de 47 dias). Os cateteres foram removidos devido ao: mau funcionamento (44%), suspeita de infecção relacionada ao cateter (20%), viabilidade de um acesso permanente (16%), remoção acidental (12%), sinais e sintomas de infecção no local da inserção do cateter (4%) e contaminação exógena (4%). Culturas positivas de ponta foram observadas em sete cateteres (28%), concomitantemente com três culturas positivas de sangue. Das culturas de sangue foram identificados Staphylococcus aureus (12%) e de uma das conexões foi isolado S. aureus. Biofilmes foram observados sobre todas as pontas de cateteres. Os S. aureus isolados do sangue e cateter (ponta e conexão) eram resistentes a pencilina e sensíveis a azitromicina, ciprofloxacina, clindamicina, cloranfenicol, gentamicina, oxacilina, rifampicina, sulfametoxazole, tetraciclina e vancomicina. As cepas de S. aureus isoladas de sangue, ponta de cateter e conexão foram consideradas idênticas devido à coincidência do perfil de sensibilidade. E similaridade genética, avaliada por meio de ribotipagem.

biofilme; cateter em hemodiálise; cateter venoso central; infecções relacionadas ao cateter


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