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Alterações químicas e microbiológicas do camarão da Malásia (Macrobrachium rosembergii) armazenado sob refrigeração

Foram estudadas alterações químicas e microbiológicas do camarão da Malásia, armazenado a 0°C e 5°C durante 10 dias, enfatizando-se a produção de indol como indicador da deterioração. A microbiota psicrotrófila total e indol positiva era predominantemente mesófila, sendo a indol positiva inferior a 10% da total após 10 dias de armazenamento sob refrigeração, sendo constituida por bactérias das famílias Enterobacteriaceae e Vibrionaceae. O método de Número Mais Provavel-NMP, usando-se o caldo triptona, revelou-se o mais adequado na contagem da microbiota indol positiva. Nas amostras observaram-se o aumento de pH, dos teores de L- triptofano e de bases voláteis totais-BVT, mais evidentes a 5°C. Nas amostras armazenadas a 0°C não foram constatados valores de contagem total de psicrotrófilos e de BVT acima dos limites recomendados (10(7) CFU/g e 30 mgN/100g, respectivamente) mesmo após 10 dias de estocagem. No entanto, nas mantidas a 5°C, estes valores foram detectados após 10 e 5 dias, respectivamente. A presença de indol em níveis acima de 25 mig/100g, limite adotado pela FDA/USA, somente foi detectada em uma amostra, sugerindo que esta substância, isoladamente, não seria um bom indicador da qualidade do camarão armazenado sob refrigeração.

camarão da Malásia; vida útil; indol


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