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Efeito da radiação gama na inativação de aflatoxina B1 em alimentos e ração

Amostras de alimentos (amendoim, pistache descascada, pistache com casca, arroz e milho) e de ração (cevada, farelo de trigo e milho) foram esterilizadas por autoclavação e inoculadas com uma suspensão de esporos (10(6)) de um isolado de Aspergillus flavus produtor de aflatoxina B1 (AFB1). Após incubação por 10 dias a 27ºC para multiplicação do fungo, as amostras foram irradiadas com radiação gama nas doses de 4, 6 e 10 kGy. Os resultados indicaram que a degradação da AFB1 correlacionou-se positivamente com o aumento da dose de radiação gama. As porcentagens de degradação da AFB1 foram mais altas na dose de 10kGy, obtendo-se valores de 58,6, 68,8, 84,6, 81,1 e 87,8% para amendoim, pistache descascada, pistache com casca, milho e arroz, respectivamente. Nas rações, as porcentagens de degradação de AFB1 foram 45, 66 e 90% para cevada, 47, 75 e 86% para farelo de trigo e 31, 72 e 84% para milho, nas doses de 4, 6 e 10 kGy, respectivamente. A degradação de AFB1 correlacionou-se negativamente com o teor de gordura nas amostras irradiadas. Assim, em amendoim, que apresentou o teor de gordura mais alto, a porcentagem de degradação com 10 kGy foi inferior a 56,6%, enquanto o valor correspondente em milho, que apresentou o teor de gordura mais baixo, foi de 80%. Os resultados indicam a possibilidade de uso da radiação gama como meio de degradação de AFB1 em alimentos e ração a níveis inferiores ao máximo permitido.

aflatoxina B1; alimentos; ração; radiação gama


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