Abundância e distribuição do picofitoplâncton autotrófico total (PFP), temperatura, salinidade, PAR e clorofila-a, foram determinados em dois ambientes presumivelmente diferentes: (1) duas áreas costeiras (perto da foz de três rios) e (2) uma área oceânica (Campeche Canyon), ambas situadas ao sul do Golfo do México, durante a "estação seca" (Junho-Julho, 2004). Os picoprocariontes Prochlorococcus e Synechococcus foram identificados por TEM, e as populações de Synechococcus e de picoeucariontes também foram reconhecidas por citometria de fluxo. A maior abundância de PFP (1,67 × 105 células ml-1) foi encontrada em águas rasas (~ 10 m de profundidade) em torno dos rios Grijalva Usumacinta, seguida de uma estação perto do Rio Coatzacoalcos (1,19 × 105 células ml-1). As abundâncias de PFP em Campeche Canyon foram geralmente menores (máximo 1,53 × 104 células ml-1). A maior variabilidade em abundâncias de PFP foi encontrada em estações costeiras quando comparado às águas oceânicas, e quase não houve correlação entre os padrões de clorofila-a e abundância de PFP. Picos de PFP foram detectados nas áreas costeiras e oceânicas, mas em Campeche Canyon localizaram-se em maior profundidade (60 m), relativamente mais perto do local onde se registrou o máximo de clorofila (cerca de 75 m). Os resultados sugerem que as populações de PFP englobam um componente fotossintético substancial em ambas as águas costeiras e oceânicas do sul do Golfo do México.
Abundância; Distribuição; Picofitoplâncton; Prochlorococcus; sul do Golfo do México; Synechococcus