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Mangrove oyster (Crassostrea rhizophorae) (Guilding, 1928) farming areas as artificial reefs for fish: A case study in the State of Ceará, Brazil

Um tipo de plataforma, conhecido como mesas, estão sendo utilizadas para o cultivo de ostras. Em Fortim, Ceará, este cultivo teve início em junho de 2000 e abrange uma área total de 50m² sobre um substrato argilo-arenoso. A presente pesquisa tem como objetivo identificar e catalogar a ictiofauna colonizadora das mesas de cultivo de ostras do mangue (Crassostrea rhizophorae), avaliar aspectos ecológicos tais como as possíveis correlações de parâmetros físico-químicos da água com a ocorrência da ictiofauna, além de observar as diferenças na composição da mesma durante as variações de marés. Os exemplares foram identificados visualmente e quantificados empregando-se a técnica de censo visual por transecto de faixa. A ictiofauna avistada compreendeu 3.030 indivíduos pertencentes 28 espécies e 20 famílias. Das 28 espécies encontradas na área estudada, 14 são marinhas visitantes, 12 marinhas dependentes e apenas duas aparecem como residentes. Apenas 11 espécies apresentaram correlação com os parâmetros físico-químicos estudados. Com base nestes resultados, pode-se afirmar que as estruturas de cultivo da ostra do mangue funcionam como um recife artificial para a ictiofauna, sendo colonizadas por, no mínimo, 28 espécies de peixes, podendo fornecer abrigo, proteção contra predadores, alimento e área de reprodução.

Cultivo de ostra; Ictiofauna; Colonização; Ecologia; Ceará


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