A proposta do presente estudo é comparar diferentes métodos de amostragem da comunidade bêntica no entremarés em substrato rochoso na costa norte do Estado do Rio de Janeiro. Quadrados com 50 e 100 pontos de interseção foram amostrados no local e em computador por fotografia digital Uma similaridade superior a 90% foi obtida entre ambos os métodos em cada altura do substrato. A análise de agrupamento evidenciou que o menor tamanho amostral superestimou alguns organismos indicadores. O padrão de zonação através da amostragem por foto foi diferente daquele no campo principalmente na Franja do Supralitoral face à similaridade de coloração de Chthamalus sp com o substrato vazio. O método por foto tem como principais vantagens a rápida estimativa de abundância, a possibilidade de comparação entre observadores e o registro permanente da comunidade. Contudo, há a possibilidade de má identificação de morfotipos de cores semelhantes e não permite a amostragem de vários estratos. Para estudos de zonação a amostragem por fotografia digital é bastante eficiente, acurada e vantajosa em relação ao método em campo. Mas, tal opção procede após o conhecimento prévio dos organismos e deve ser adequada aos objetivos finais.
costão rochoso; região entremarés; técnicas de amostragem; fotografia digital; método em campo