Acessibilidade / Reportar erro

Comparação de métodos de tratamento tópico utilizados na epistaxe anterior recorrente: ensaio clínico randomizado Como citar este artigo: Koçak HE, Bilece ZT, Keskin M, Ulusoy HA, Koç AK, Kaya KH. Comparison of topical treatment methods used in recurrent anterior epistaxis: a randomized clinical trial. Braz J Otorhinolaryngol. 2021;87:132–6.

Resumo

Introdução:

A epistaxe recorrente é uma doença comumente vista por especialistas em otorrinolaringologia, médicos de emergência e pediatras. O fato de que muitas modalidades de tratamento estejam sendo pesquisadas e nenhum método único de tratamento seja universalmente aceito apoiam ainda mais essa informação.

Objetivo:

Comparar a eficácia clínica do uso de pomada antisséptica tópica, pomada descongestionante tópica e tratamentos de cauterização química, que são frequentemente usados em epistaxe anterior recorrente, tanto isoladamente como em combinação.

Método:

Entre agosto de 2017 e fevereiro de 2018, 137 pacientes diagnosticados com epistaxe anterior recorrente foram divididos aleatoriamente em 5 grupos. O grupo I foi tratado com pomada antisséptica tópica, o grupo II com pomada descongestionante tópica, o grupo III foi submetido a cauterização química, o grupo IV foi tratado com pomada antisséptica tópica + cauterização química e o grupo V com pomada descongestionante tópica + tratamento de cauterização química. Todos os pacientes foram contatados por telefone 2 semanas e um mês após o tratamento e perguntados sobre a presença (falha) ou ausência (sucesso) de pelo menos um episódio de epistaxe. Pacientes com comorbidades foram excluídos. O sucesso do tratamento foi analisado estatisticamente.

Resultados:

Não houve diferença significante (p > 0,05) entre os grupos em relação à taxa de sucesso no 15° dia após o tratamento. Os grupos IV e V tiveram maiores taxas de sucesso no 30° dia após o tratamento em comparação com os grupo I e II (p < 0,05). No grupo III, o sucesso do tratamento no 30° dia não foi diferente dos outros 4 grupos (p > 0,05).

Conclusão:

Embora o número de pacientes que melhoraram com a cauterização química (grupo III) tenha sido maior em nosso estudo, nenhuma diferença significante foi observada nas modalidades de tratamento único (grupos I – III) no 14° dia e no 30° dia após o tratamento. Embora não tenha sido observada diferença estatisticamente significante entre os tratamentos combinados (grupos IV – V) e os tratamentos simples (grupos I – III) na 2ª semana após o tratamento, os tratamentos combinados foram significantemente mais eficazes no 1° mês.

PALAVRAS-CHAVE
Epistaxe; Tratamento; Antisséptico; Descongestionante; Cauterização química

Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Sede da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, Av. Indianópolia, 1287, 04063-002 São Paulo/SP Brasil, Tel.: (0xx11) 5053-7500, Fax: (0xx11) 5053-7512 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@aborlccf.org.br